Memória: 70 anos é tempo de…
70 anos é também tempo de lembrarmos das pessoas...
Mesmo não podendo falar de todas, vou contar sobre algumas que estiveram mais próximas de mim em algum momento. Eu cheguei para o MPT em 1980. Já completei 31 anos de casa. Nestes anos vi muitas partidas e chegadas, pelos mais diversos motivos: posse, remoção, aposentadoria, morte...
Em 1980, deixei minha rotina de professora de português e francês na cidade de Caratinga para tomar posse como procuradora substituta no Ministério Público do Trabalho. Um nome sugestivo que me pareceu um bálsamo. Pensei: "certamente tem um titular que vai me ensinar tudo e vou substituí-lo esporadicamente". Ledo engano, o "substituto" ficou só no nome do cargo. Fui chegando e encarando a famosa distribuição semanal de processos.
Meu anjo da guarda na datilografia era a Regina. Depois de mim, só Deus e ela conseguiam entender a letra que eu fazia correndo para dar conta da minha cota semanal. Em 1993 a Regina infelizmente faleceu ainda jovem durante uma cirurgia.
Aqui abro um "a parte" para falar da chegada do computador, que foi muito marcante, mesmo sem ser gente. Especialmente para os mais jovens pode parecer inusitado, mas para quem começou a carreira emitindo pareceres manuscritos e depois viveu a chegada da máquina de escrever como uma novidade extrema, ter que lidar com aquela máquina era um desafio enoooorme.
Quando fui procuradora chefe substituta, de 1995 a 1999, a servidora Hermínia era a chefe da Divisão Processual. E realmente ela era uma funcionária modelo. Tudo que lhe era solicitado estava ali a tempo e hora.
Foi um casamento que deu certo, principalmente, porque no final do expediente, cada um ia para sua casa.
Enfim, sinto-me privilegiada por fazer parte da história desta instituição.