Procurador-geral do Trabalho contesta MP 905 em audiência pública no Senado
Segundo Alberto Balazeiro, medida provisória que cria o chamado Contrato Verde e Amarelo pode prejudicar repasse de recursos que o MPT faz aos estados
Em audiência pública realizada nessa segunda-feira (2), no Senado Federal, o Ministério Público do Trabalho (MPT) apontou que a Medida Provisória nº 905/2019, que cria o chamado Contrato Verde e Amarelo, pode prejudicar o repasse de recursos que a instituição faz aos estados. O alerta foi feito pelo procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, em debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH) presidido pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
Outro ponto da MP 905 criticado por Balazeiro se refere ao prazo máximo de dois anos de vigência dos termos de ajuste de conduta (TACs) firmados pelo MPT. Para o procurador-geral, a duração dos TACs deve ser de acordo com a natureza da obrigação. Balazeiro citou como exemplo um TAC firmado com o objetivo de obrigar uma empresa a realizar pagamento de salário até o quinto dia útil. Segundo o PGT, a MP 905 permite que essa obrigação dure apenas por dois anos. "Depois desse período, a obrigação desaparece. Isso não é real. A obrigação vai continuar a existir", explicou Balazeiro.
A audiência pública contou ainda com participação do secretário de Relações Institucionais do MPT, Márcio Amazonas, e do presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano Farias da Costa.
Com informações da Ascom/PGT
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