IML tem 30 dias para decidir se vai assinar TAC
sexta-feira, 9 novembro 2012,14:08
Em audiência realizada hoje pela manhã, o Ministério Público do Trabalho concedeu prazo de 30 dias para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte manifestar interesse em assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O acordo visa a adequação de condições de saúde e segurança no Instituto.
O diretor do IML, André Luiz Roquete, lamentou as condições precárias de funcionamento do órgão e argumentou que a diretoria do Instituto não tem autonomia orçamentária. A minuta do TAC será encaminhada à instâncias superiores para verificar a possibilidade de assinatura.
Em agosto, a Assessoria de Engenharia e Medicina do Trabalho confirmou denúncia de condições insalubres no IML, durante inspeção no local. O laudo indicou higienização precária; paredes e tetos mofados e danificados; trabalhadores expostos à radiação e a substâncias tóxicas e descarte irregular de resíduos químicos e biológicos, entre outros.
De acordo com o representante do Sindipol, Densilson Martins, as condições de trabalho no IML pioraram após a fiscalização do MPT porque os crimes de latrocínio e homicídio aumentaram 487% na capital. “A ascensão da violência influencia diretamente nas atividades do IML. O Estado precisa envidar esforços necessários para que o trabalho do IML, no vivo e no morto, seja executado com a eficiência que a sociedade merece”, completou.
Também participaram da audiência, o procurador do Estado, Benedicto da Silva Filho e o chefe da Divisão de Perícias da Superintendência de Polícia Técnico Científica, José Roberto Costa.
Caso o TAC não seja firmadao, o MPT vai ajuizar as ações judicias cabíveis.
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