MPT recebe Caravana da Participação de Crianças e Adolescentes
"A participação política acontece no nosso dia a dia, quando exercemos o poder sobre aquele (político) que ganhou as eleições, quando participamos de grêmios estudantis e conselhos", explicou a representante capixaba do Comitê Nacional de Adolescentes e Jovens na Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Conapeti) Lara Sardenberg, sobre a atuação do jovem nas questões políticas. Ela, junto aos representantes Erick Da Silva Oliveira, do Rio Grande do Sul, Felipe Caetano, do Ceará, Thiago Silva, de Santa Catarina, e Diego Honorato, de Minas Gerais, conduziram os debates na manhã dessa segunda-feira, 09, com o objetivo de ampliar e fortalecer a voz dos jovens em questões como o combate ao trabalho infantil, política e cidadania. Confira a galeria de fotos do evento.
O secretário executivo do Conapeti, procurador do Trabalho Antonio Lima, participou por meio de videoconferência e elogiou a iniciativa. "Eu tenho acompanhado este trabalho e venho parabenizar os meninos da Caravana e todos os presentes, porque esse tipo de atividade ajuda a fortalecer ainda mais essa luta pelos direitos da criança e do adolescente". Lima destacou ainda o histórico de participação de Minas Gerais na rede de mobilização pelos direitos infanto-juvenis.
Nas dinâmicas organizadas pela Caravana, a plateia foi convidada a responder perguntas como "O que é trabalho infantil?", "Como é que a gente acaba com o trabalho infantil?", "Como a gente pode ter voz na política?" e "O que fazer para fazer essa voz ser escutada?". Em uma das atividades, chamada de "dinâmica do contrário", os espectadores tinham que responder com palavras opostas ao que era dito pelo jovem Felipe Caetano. "Sim, sim, sim", dizia. "Não, não, não", respondia a plateia. Em dado momento, três palavras diferentes deviam ser repetidas ao contrário, o que causou confusão e risos no público.
Segundo Caetano, a dinâmica traz uma reflexão: ampliar a voz de quem muitas vezes não é ouvido, no caso, as crianças e adolescentes. Isso porque a vítima, da exploração sexual e do trabalho infanto-juvenil, por exemplo, não é questionada sobre o que fazer para mudar tal situação.
Estiveram presentes a vice-procuradora-chefe do MPT-MG Fernanda Brito, a coordenadora do Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção aos Adolescentes de Minas Gerais (Fectipa-MG) Elvira Cosendey e o presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Belo Horizonte (CMDCA/BH) Marcelo de Oliveira.