Fiscalização resgata trabalhadores em situação análoga à de escravo no Norte de Minas
Uma força-tarefa institucional formada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), auditores-fiscais do Trabalho e agentes da Polícia Federal (PF) resgatou, em julho, quatro pessoas que se encontravam em condições análogas à de escravidão. Elas trabalhavam sob condições precárias na produção de carvão na Fazenda São Francisco, em Grão Mogol, na Região Norte de Minas Gerais.
"As vítimas estavam alojadas em um espaço totalmente deteriorado e que não apresentava as mínimas condições de habitabilidade, aviltando a dignidade dos trabalhadores", acrescentou a força-tarefa.
De acordo com o procurador do MPT que participou da operação, Mateus de Oliveira Biondi, "a situação, infelizmente, é recorrente na região, razão pela as instituições públicas têm atuado de maneira mais intensiva". "Não é possível que situações degradantes como essa ainda persistam nos dias de hoje", observou.
Os quatro resgatados tiveram suas atividades encerradas na carvoaria e foram emitidos os requerimentos de seguro-desemprego especial. Eles também receberam o salário referente a junho e verbas rescisórias, que somaram cerca de R$ 14 mil. Houve ainda a regularização da relação emprego dos demais de trabalhadores.
Em razão das irregularidades constatadas na propriedade rural, os auditores ficais registraram 22 autos de infração contra o empregador.
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