Os efeitos da revolução digital na sociedade é tema de simpósio no MPT em BH
Uma realização da Escola Superior do MPU
O Ministério Público do Trabalho em Belo Horizonte sediou em 13 de junho o simpósio "Futuro do Trabalho – Os efeitos da Revolução Digital na Sociedade". O evento coloca em debate os avanços tecnológicos, suas repercussões no mundo do trabalho e caminhos para a proteção do trabalho na modernidade. O seminário foi realizado pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e contou com a participação de procuradores e magistrados do trabalho, acadêmicos, profissionais e estudantes de Direito.
Abrindo o primeiro painel científico que teve como tema "Os efeitos da tecnologia digital na sociedade", o desembargador do trabalho José Eduardo Resende apresentou uma visão analítica de cinco dicotomias: economia do compartilhamento x produção e consumo colaborativo; liberdade operacional de trabalho x liberdade constitucional do trabalho; disciplina x controle; categoria profissional x multidão; contrato realidade x contrato hiper-realidade.
O professor de Direito do Trabalho da Universidad Castilla-La Mancha (Espanha), Joaquín Pérez Rey, propôs uma reflexão sobre o futuro do trabalho que queremos. Lembrando que vivemos no "mundo líquido", volátil, o professor discorreu sobre diversas formas de flexibilização das relações de trabalho, destacando a distensão entre interesses econômicos e a proteção da relação de trabalho, no mundo inteiro, para defender a necessidade de um novo pacto social constituinte, que viabilize a manutenção da paz e do equilíbrio das relações laborais e o governo da tecnologia.
O painel sobre efeitos da tecnologia digital na sociedade foi mediado pela professora adjunta de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, Lívia Miraglia. O simpósio Futuro do Trabalho continua para tarde desta quinta-feira, com o painel "A proteção do trabalhador diante dos avanços da tecnologia digital".