Construção civil é alvo do MPT em todo o Brasil

O Ministério Público do Trabalho (MPT) iniciou na segunda-feira (16) operações para averiguar possíveis irregularidades no meio ambiente de trabalho do ramo da construção civil. As investigações fazem parte das atividades do Programa Nacional de Combate às Irregularidades Trabalhistas na Indústria da Construção Civil, e seguem até o dia 20 de novembro, em todos os estados brasileiros. Em Belo Horizonte, quatro procuradores estão se revezando em inspeções nas obras: Adriana Souza, Luciana Coutinho, AurélioVieito e Ana Cláudia Gomes.

No primeiro dia, 16, durante fiscalização feita pela procuradora Adriana Souza e o auditor do Ministério do Trabalho Leandro Ramalho, foi interditado o andaime de uma obra por falta de segurança: "Essa foi a irregularidade mais grave que encontramos. O andaime não apresentava proteção adequada, como tela, guarda-corpo e rodapé". A empresa tem até quarta-feira, 18, para regularizar o andaime.

No canteiro da obra da Construtura Excelso Ltda, no Condomínio do Residencial Teodomiro Vitor, bairro São Pedro havia 50 trabalhadores, sendo 27 empregados da tomadora, 22 de empreiteiras e 1 estagiário, todos tinham registro em carteira. Os empregados de empresas terceirizadas faziam atividades de fundação, forma, armação, instalações hidráulicas e elétricas e serviços gerais. Também foi identificado risco de queda em vãos de andares, por falta de proteção e sinalização, bem como gambiarras em fiação elétrica. Também foram apuradas irregularidades de menor gravidade relativas às condições do vestuário e instalações sanitárioas e refeitório.

Na manhã dessa terça-feira, 17, outra obra foi fiscalizada pela procuradora Luciana Coutinho e o auditor fiscal Leandro Ramalho.

Balanço nacional do primeiro dia das operações do Programa Nacional de Combate às Irregularidades Trabalhistas na Indústria da Construção Civil

Maranhão:

• 11 obras foram inspecionadas nas operações
• 1222 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: Falta de fornecimento de EPI´s; Guarda-corpos insuficientes; Ausência de proteção contra queda; Escavações sem atendimentos às exigências de segurança; Ausência de isolamento de maquinário
• Ações principais:04 prédios embargados; 1 auto de infração e 1 termo de embargo

Rio de Janeiro

• 9 obras foram inspecionadas nas operações
• 1871 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: o Andaime sem proteção coletiva; Fios elétricos espalhados pelo chão; Falta de EPI; Falta de abafadores de ruído; o Falta de treinamento da NR-10; o Ausência do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT); Jornada excessiva; Depósito de inflamáveis irregular e sendo utilizado como armário
• Ações principais: Atividades da obra suspensas até que a empresa instale proteção coletiva nos andaimes

Pernambuco

• 10 obras foram inspecionadas nas operações
• 154 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: Andaimes sem projeto e ART junto ao CREA; Falta de EPI; Riscos de queda em altura; Risco de choques elétricos
• Ações principais: 4 obras totalmente embargadas; Interdições parciais e equipamentos e andaimes

Paraná

• 1 obra foi inspecionada
• 90 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: trabalhadores sem cinto de segurança.
• Ações principais: medidas de proteção contra queda de altura; proteção da escada da grua e aterramento da mesma; proteção para prevenir soterramento.

Distrito Federal

• 3 obras (5 canteiros) foram inspecionados
• 792 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: aberturas de pisos nas lajes de diversos pavimentos sem o fechamento provisório com material resistente; ausência ou inadequação de proteções coletivas.

Espírito Santo

• 8 obras foram inspecionados
• 762 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: Falta de proteção de queda em altura; Falta de plataforma principal e secundária;Falta de guarda-corpo nos locais periféricos da obra; Maquinário sem aterramento; não uso de EPI;
• Ações principais: 4 obras totalmente embargadas; 2 obras parcialmente embargadas e 5 obras com interdição de equipamentos ou elevadores

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