Setor sucroalcoleiro é o campeão em irregularidades

quinta-feira, 23 maio 2013,12:46

http://ascom.prt3.mpt.mp.br/treze/wp-content/uploads/sucroalcoleiros1.jpg 330w" sizes="(max-width: 330px) 100vw, 330px" style="padding: 1px;">O combate ao trabalhado degradante em lavouras de cana de açúcar é um dos temas mais enfrentados pelo MPT na região. “Entre 2008 e 2012 fizemos 25 operações em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego. Mais de 800 trabalhadores foram resgatados e mais R$ 10 milhões pagos em diferenças salariais e indenizações. Entre os oito temas eleitos como prioritários pelo Ministério Público do Trabalho, os mais recorrentes na região de Uberlândia são: meio ambiente de trabalho inadequado, impedimentos à liberdade sindical e fraudes nas relações de trabalho.

Nestes dez anos o cenário das inspeções mudou bastante, relata Eliaquim Queiroz, a mecanização está em praticamente todas as lavouras: “A exploração de trabalhadores na colheita manual já não é mais a regra aqui na Região. Um trabalho que é resultado da parceira entre o MPT e outros órgão como o Ministério do Trabalho e Emprego e o Tribunal Regional do Trabalho.”

A interlocução entre os órgãos do poder público e o conhecimento profundo da realidade social permitem que as irregularidades sejam enfrentadas de modo rápido e efetivo, entende o juiz do Trabalho em Iturama, Alexandre Chibante, que tem o MPT como parceiro na região. Chibante faz questão de citar algumas irregularidades graves prontamente enfrentadas, somando as competências do MPT, do Ministério do Trabalho e da Justiça do Trabalho: turno ininterrupto, trabalho por produção, não pagamento de salários, dumping social…

“Vamos juntos para as ruas fazer a Justiça itinerante, mostrar qual é o nosso trabalho e conhecer o reclames da população, sem medo de promover a paz social. Ninguém que tenha visto um trabalhador dar mais de 7 mil golpes de facão para colher duas toneladas e meia de cana/dia, profere uma sentença conivente com tal situação, sabendo que a colheita mecanizada já é uma realidade possível”, enfatiza o juiz.

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