MPT realiza II Encontro Anual de Empregabilidade LGBTQIAPN+
Evento marcou a assinatura de termo de cooperação técnica entre o MPT e a Aliança Nacional LGBTI+
Brasília (DF) - O Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou nessa quinta-feira (14) o II Encontro Anual de Empregabilidade LGBTQIAPN+. O evento, promovido em parceria com a Aliança Nacional LGBTI+, contou com debates sobre projetos e práticas de inclusão no mercado de trabalho e foi transmitido também pelo canal TVMPT, no YouTube.
Durante o encontro, o MPT e a Aliança Nacional LGBTI+ assinaram um acordo de cooperação técnica com o objetivo de reafirmar a colaboração entre as instituições em assuntos técnicos, científicos e educacionais para assegurar os direitos das pessoas LGBTQIAPN+. Segundo o procurador do Trabalho Eduardo Varandas Araruna, "esse é o primeiro de muitos acordos que serão assinados".
Eduardo Varandas., gerente do projeto Empregabilidade LGBTQIAPN+ do MPT, ressaltou que o encontro é uma importante maneira de criar uma rede de proteção da comunidade LGBT. "O poder público sozinho não vai fazer a mudança que nós precisamos. Os percentuais são terríveis. Em termos de mulheres trans, a falta de emprego chega a 90% e muitas são obrigadas a prostituição compulsória", destacou.
"Nós conseguimos reunir a sociedade civil organizada, através de as ONGs, o poder público, com o MPT, estavam presentes a Defensoria Pública da União, Secretarias de Estado ligadas à questão social e da diversidade sexual e de gênero. O grande mote da questão, na verdade, foi aperfeiçoar os nossos próprios projetos", explicou Eduardo Varandas sobre a relevância do encontro.
A subprocuradora-geral do Trabalho, Ludmila Reis Brito Lopes, destacou a necessidade de garantir a pluralidade no ambiente de trabalho, sobretudo, em cargos de poder. "A gente não pode ser uma sociedade que se pretende democrática se a gente não fizer esse esforço", afirmou.
Toni Reis, diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+, reforçou a importância do termo de cooperação técnica. "Nós temos que estar em cada unidade da federação, em cada cidade, fazendo as parcerias, discutindo com os procuradores e procuradoras nos estados. É só assim que a gente vai vencer o estigma, a ignorância, o preconceito, a discriminação e a violência contra a nossa comunidade", destacou.
Participaram também Fernanda Barreto Naves, procuradora do Trabalho e vice-coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), Rafaelly Wiest, diretora administrativa da Aliança Nacional LGBTI+, e Adriana Augusta de Moura Souza, procuradora do trabalho e presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho.
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Fonte: PGT.