CNMP realiza capacitação sobre inteligência artificial

O curso abordou a aplicação das ferramentas no contexto do Ministério Público

Belo Horizonte (MG) – Conceitos elementares, caminhos para aplicações e técnicas de uso foram tratados durante curso sobre Inteligência Artificial (IA) promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e que está disponível para você assistir pelo YouTube, no canal do CNMP. Durante os dois dias do evento, 16 e 17/12, os palestrantes abordaram possibilidades de otimizar processos e potencializar a atuação dos MP´s, por meio da IA, já que ela pode proporcionar maior qualidade e eficiência no trabalho.

Para tanto, é preciso compreender as formas mais adequadas de utilização dessas ferramentas, sobretudo em relação à clareza e à qualidade dos prompts, ou seja, dos comandos e perguntas realizadas nessas aplicações, já que isso definirá a precisão das respostas. Uma das orientações compartilhadas foi de enviar comandos para as ferramentas com pedidos de "por favor", agradecimentos, palavras de estímulo e exemplos, já que isso poderia melhorar a qualidade dos resultados.

Os desafios éticos e regulatórios também foram discutidos. Uma grande preocupação gira em torno da proteção de dados, sobretudo, os sensíveis. O aprendizado da máquina e o treinamento dos algoritmos pressupõe a utilização de grande quantidade de dados, inclusive pessoais. Assim, de acordo com os palestrantes, não se recomenda a utilização das plataformas/versões que, nas configurações de privacidade, não permitam desativar o compartilhamento de dados e atividades, como ocorre em algumas versões gratuitas (do Chat GPT e Gemini, por exemplo). Pois essas informações só devem ser tratadas de forma segura e em ambiente controlado.

O curso, "Inteligência Artificial descomplicada: fundamentos e aplicações práticas", teve como objetivo proporcionar aos participantes uma compreensão abrangente sobre a adoção de práticas inovadoras e a implementação de tecnologias de inteligência artificial (IA) no contexto do Ministério Público (MP), enfatizando como essas tecnologias podem ser aplicadas no trabalho cotidiano.

De acordo com o conselheiro nacional do Ministério Público e presidente da Comissão de Planejamento Estratégico, Moacyr Rey Filho, esse tipo de capacitação possibilita "alavancar todo o potencial que as ferramentas de inteligência artificial (IA) possuem", e isso de forma "institucional, segura e responsável". Ele destacou ainda a importância do treinamento no sentido de "acelerar e melhorar a automatização de construção de soluções".

 

Acesse o conteúdo do curso por meio dos links abaixo.

Transmissão do evento – 1º dia;

Transmissão do evento – 2º dia.

 

Fique ligado!

E aí, que tal "botar as mãos na massa"!?

Qual ferramenta usar?

Principais ferramentas não customizadas para texto:

  • Chat GPT - Open AI;
  • Claude - Anthropic;
  • Gemini - Google;
  • NotebookLM, Google;
  • Perplexity.

 

Soluções integradas ao Microsoft 365, Google e etc.

  • Copilot;
  • Gemini.

 

Aplicações práticas

Possibilidades:

  • Relatório e estudo de processos;
  • Transcrição de depoimentos;
  • Estudo a partir de bases de conhecimento;
  • Análise descritiva da prova;
  • Elaboração de esboço de manifestações roteirizáveis;
  • Elaboração de ementas;
  • Sugestão de perguntas e quesitos;
  • Correção e melhoria de texto.

 

O que requer mais cautela ou não funciona:

  • Processos volumosos ou muito complexos;
  • Citação de leis, precedentes e doutrina;
  • Aspectos factuais específicos;
  • Análise valorativa da prova e tomada de decisões;
  • Cálculos em geral.

 

Dicas para formular os prompts (comandos, perguntas):

  • Usar verbos no imperativo;
  • Ser claro, conciso e direto;
  • Evitar ambiguidades;
  • Quebrar tarefas complexas;
  • Fornecer diretrizes, como por exemplo, não inventar nomes, datas ou fatos e informar palavras-chave;
  • Indicar o que fazer e o que não fazer também;
  • Pedir para raciocinar o passo a passo, delineando as etapas específicas;
  • Indicar o padrão esperado;
  • Indicar exemplo, seja por meio de textos ou documentos;
  • Persona: indicar qual é o papel que se espera da IA, ou seja, se a perspectiva dela é a de, por exemplo, um juiz, um promotor, um advogado, entre outras;
  • Ter atenção com vieses e discriminações algorítmicas, citações e proteção de dados sigilosos e sensíveis;
  • Pedir para informar e citar fontes das informações geradas pela ferramenta;
  • Permitir que a ferramenta diga que não sabe aquela resposta, pois ela trabalha sempre com a necessidade de dar uma resposta, até mesmo inventada;
  • Não se contentar com a primeira resposta e interagir com a ferramenta;
  • Usar e checar até ter confiança nas respostas geradas para as determinadas funções.

 

 

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