Operação flagra trabalho escravo em fazenda no Norte de Minas
TAC firmado perante o MPT prevê adequação das condições de trabalho em propriedade
Teófilo Otoni – Um grupo de 13 trabalhadores foi encontrado em situação análoga à de escravo, em uma fazenda de produção de carvão, no município de Taiobeiras, Região Norte de Minas Gerais. As 18 irregularidades detectadas que deverão ser corrigidas pelo proprietário da fazenda Coagro para prevenir a reincidência de trabalho escravo, estão fixada em um termo de ajuste de conduta (TAC) firmado pelo empregador perante o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Dentre as obrigações prevista no TAC, estão deixar de submeter trabalhadores a condição degradante, efetuar registro de empregados, realizar pagamento de salários e de verbas rescisórias no prazo legal, conceder descanso semanal remunerado, disponibilizar aos funcionários água potável, instalações sanitárias e local para refeição. Em caso descumprimento, o fazendeiro está sujeito ao pagamento de uma multa de R$ 5 mil por irregularidade.
Cada trabalhador resgatado durante a operação fiscal recebeu todas as verbas trabalhistas e rescisórias, indenização de R$ 400 por dano moral individual. Além disso, o empregador assumiu o compromisso de pagar R$ 10 mil para reparação do dano moral coletivo.
A força tarefa interinstitucional, realizada no final de outubro, foi integrada por um membro do MPT e agentes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Número do procedimento: 000222.2019.03.008/6.
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