MPT reafirma direitos assegurados em ação e recebe denúncias durante assembleia
Em assembleia com trabalhadores e familiares de atingidos pelo rompimento da barragem em Brumadinho, no dia 27 de fevereiro, o Ministério Público do Trabalho (MPT) reafirmou o compromisso institucional de garantir os direitos já assegurados na ação cautelar. Na ocasião, os atingidos apresentaram denúncias de que pessoas que têm direito ao pagamento de verbas rescisórias decorrentes do fim do contrato de trabalho, ao custeio integral de todas as despesas com funeral, ao atendimento psicológico, dentre outros, têm enfrentado dificuldades e burocracia para o acesso às reparações.
Os procuradores que integram o Grupo Especial de Atuação Finalística (GEAF), criado para cuidar do caso, informaram que vão encaminhar as denúncias à Justiça e reforçar o pedido para que a Vale seja cobrada a cumprir os compromissos que assumiu. "É importante que as famílias acompanhem a ação do Ministério Público do Trabalho e os processos. Temos que pedir uma penalidade justa e adequada à empresa até para que ela não volte a reincidir e pague pelo que fez", ressaltaram os procuradores do GEAF.
A assembleia, realizada na Câmara Municipal de Brumadinho, contou com a participação de representantes de sindicatos, do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Municipal, Defensoria Pública da União (DPU). Cerca de 250 pessoas participaram do encontro.
Os bombeiros explicaram o funcionamento do resgate dos corpos soterrados pela lama e disseram que os trabalhos vão prosseguir. De acordo com a tenente-coronel Kênia Prates, toda a área atingida foi dividida por pontos de modo a otimizar a varredura nesses locais. "Nós estamos empenhados nas buscas. Fomos treinados para isso", disse a militar.
Já o capitão Júnior Silvano, da Defesa Civil Estadual, informou que o órgão tem empenhado esforços para levar às famílias informações referentes a mortos e desaparecidos com precisão agilidade que o caso requer.
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