150 professores do interior do estado participam de capacitação no MPT

terça-feira, 24 setembro 2013,12:37

As informações serão replicadas para mais de 100 mil alunos de escolas públicas

A procuradora do Trabalho Elaine Nassif coordena os trabalhos da oficina.

Mais de 150 professores do ensino fundamental do interior do estado participaram, na noite desta segunda-feira, 23, da abertura da Oficina de Formação do Programa de Educação Contra o Trabalho de Crianças e Adolescentes (Peteca/MPT na Escola), que está sendo promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), aqui em Belo Horizonte, até quarta-feira, 25. O procurador do Trabalho Rafael Dias Marques, que responde pela Coordenadoria de Combate a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) fez a palestra de abertura do curso convidando os professores a se apaixonarem pelo combate ao trabalho infantil. “Esse evento não mexe com a lei, mexe com a sensibilidade, os corações e mentes de profissionais que tem o dom de plantar nas crianças a semente da conscientização”.

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Rafael Dias Marques

Segundo Rafael Marques, as estatísticas demonstram que o trabalho infantil ainda é visto pela sociedade como um mal de menor importância. Um relatório global divulgado pela OIT, nesta segunda feira, 23, aponta que 3 milhões de crianças e adolescentes com idades entre 5 e 17 anos trabalham no Brasil. No mundo inteiro são 100 milhões .

“Precisamos entender que o trabalho infantil aniquila o futuro de uma nação e que a mudança começa em cada um de nós, quando decidimos não mais aceitar as coisas como estão,” enfatizou o procurador.

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Antônio de Oliveira Lima

“Precisamos romper barreiras culturais, ampliar os espaços de proteção para reduzir espaços de exploração”. É nessa lógica que caminha o programa Peteca, segundo seu idealizador, o procurador do Trabalho no Ceará, Antônio de Oliveira Lima. O projeto inclui material didático, capacitação para professores, envolvimento da comunidade escolar.

As atividades da Oficina de Formação de Professores continuam até quarta-feira. Nestes três dias, os professores dos 47 municípios participantes vão receber orientações sobre metodologias de ensino dos temas relacionados com os direitos de crianças e adolescentes. Na manhã de hoje a pesquisadora Célia Gurgel falou sobre trabalho infantil doméstico e o procurador do Trabalho Antônio Lima apresentou a revista “Brincar, Estudar, viver, Trabalhar só quando crescer”.

Hoje a tarde haverá mesa redonda sobre o sistema de garantias de direitos no combate ao trabalho infantil, palestra sobre trabalho infantil rural e sobre os mitos e verdades que envolvem o tema. O curso está sendo realizado no auditório do BDMG e é aberto a membros, servidores e estagiários do MPT que tenham interesse pelos temas.

Projetos Nacionais do MPT em Minas: A capacitação de professores integra um grande projeto iniciado pelo MPT em Minas, neste ano, que consiste na sensibilização de gestores públicos municipais para a implementação de politicas públicas voltadas para o combate ao trabalho infantil e escravo, a inclusão no mercado de trabalho, saúde e segurança em frigoríficos e no transporte de cargas, terceirização sem calote.

“Nossa expectativa é que 100 mil alunos participem das ações do MPT na escola no interior de Minas, certamente será a primeira vez que muitos cidadãos brasileiros ainda em formação terão contato com o estado de direito”, ressaltou a procuradora do Trabalho Elaine Nassif, que idealizou e coordenou as audiências públicas realizadas pelo MPT nos meses de abril a agosto e também a oficina de formação.

Ao abrir os trabalhos da Oficina de Formação do Programa de Educação Contra o Trabalho de Crianças e Adolescentes (Peteca/MPT na Escola), a procuradora-chefe interina do MPT, Sônia Toledo Gonçalves, ressaltou o esforço empreendido para reunir um grupo tão representativo de todas as regiões de Minas Gerais e apresentou rapidamente as atribuições do MPT.

 

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