Força-tarefa resgata 14 pessoas do trabalho análogo ao de escravo na produção de carvão e cultivo de fruta no Norte de Minas
Um grupo de 14 pessoas foi resgatado em condições análogas à de escravo em duas fazendas no Norte de Minas Gerais. O resgate foi realizado no fim de agosto por uma força-tarefa, composta por um membro do Ministério Público do Trabalho (MPT), quatro auditores-fiscais do Trabalho e dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). As propriedades rurais inspecionadas estão localizadas nos municípios de Mirabela e Janaúba e concentram produção de carvão e cultivo de fruta.
"A equipe vistoriou o alojamento e o local da atividade de carvoejamento. O alojamento estava em condições inadequadas e não havia energia elétrica. A água disponível, a qual era a mesma utilizada tanto para consumo quanto para as demais atividades, não apresentava boas condições", descreve o Procurador.
Entre as irregularidades encontradas pela força-tarefa nos locais, estão: ausência de instalações sanitárias em condições adequadas, de registro na carteira de trabalho e de fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs), não realização de exame médico admissional e não disponibilização de locais para refeição.
"O Ministério Público do Trabalho propôs, ainda, aos responsáveis pelas propriedades rurais, a celebração de um Termo de Ajuste de Conduta que fixa obrigações para coibir o trabalho escravo, além do pagamento de indenização por dano moral coletivo", ressalta o Procurador. Os empregadores solicitam ao MPT um prazo para a análise da proposta.
Números dos procedimentos: 134.2019.03.005/5 e 320.2019.03.005/9
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