Projeto Resgate a Infância capacita profissionais da educação para a abordagem do trabalho infantil em sala de aula

Importância do ambiente escolar como estratégia de conscientização, prevenção e identificação, além dos agravos e consequências desta prática foram debatidos

Mais uma etapa do Projeto Resgate a Infância 2018 foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em Belo Horizonte, nos dias 18 e 19 de junho. Uma oficina de capacitação abriu oficialmente as atividades do Eixo Educação, reunindo em Belo Horizonte mais de 150 professores, orientadores escolares e outros profissionais da educação. Confira a galeria de fotos

Um total de 56 municípios mineiros enviaram representantes para a oficina, que teve por objetivo capacitar integrantes da rede de proteção, principalmente membros da comunidade escolar, para que atuem como multiplicadores deste conhecimento em sala de aula e no território da escola. A programação incluiu 19 palestras que abordaram diversas perspectivas do tema. No  primeiro dia, além da apresentação do projeto, foram abordados aspectos legais do trabalho infantil, as consequências do trabalho precoce e orientações sobre como abordar temas como trabalho infantil e aprendizagem em sala de aula. As atividades do segundo dia foram abertas com uma palestra sobre mitos e verdades sobre o trabalho infantil, seguida sobre impactos dessa forma de exploração na saúde de crianças e adolescentes. As atividades foram concluídas com abordagem sobre trabalho protegido, que é a aprendizagem profissional, e apresentação das atribuições de órgãos que compõem a rede de proteção.

A importância da mobilização social, do trabalho intersetorial, das parcerias entre instituições foram destacados por vários palestrantes como caminho fundamental para a redução dos índices de exploração de crianças e adolescentes.

As atividades do eixo educação não param por aqui. A partir de agora, as escolas que participaram da oficina podem formalizar adesão ao projeto, ministrar as atividades propostas em sala de aula e, no segundo semestre, inscrever os trabalhados produzidos pelos alunos no Prêmio MPT na Escola, que tem seis categorias: conto, desenho, esquete teatral, curta metragem, música e poesia. "O prêmio marca o encerramento da atividade a cada ano. É uma forma de reconhecer e valorizar o esforço empreendido pelas escolas na abordagem do tema e também o trabalho criativo dos alunos", explica Luciana Coutinho, coordenadora regional do projeto em Minas Gerais.

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