Memória: 70 anos é tempo de…

Resgatar memórias: procuradora Maria Amélia Bracks Duarte

Esse Senhor de 70 anos – o MPT – tem a robustez e a coragem de um jovem: é determinado, moderno, humanista, com olhos no presente e no futuro. Nascido em 1941, no auge da Segunda Guerra Mundial, não titubeou em enfrentar trincheiras, mas hasteando a bandeira da paz, preservando o legítimo direito dos trabalhadores. No limiar da sua maturidade institucional, com verdadeira vocação de defensor do interesse público, não se acomodou com tantos desafios, não se intimidou com o inimigo; nunca poupou munição contra as fraudes na relação do trabalho; contra a discriminação, o trabalho infantil, o trabalho escravo, defendendo o meio ambiente saudável e a dignidade do trabalho humano.

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Memória: 70 anos é tempo de…

Resgatar memórias: Eduardo Maia Botelho

Em maio de 1988, quando fui nomeado pelo segundo concurso, o Ministério Público do Trabalho ainda funcionava na Rua São Paulo. Além das condições precárias e do espaço reduzido que me impressionaram bastante, tínhamos que buscar os processos no MPT para trabalhar em casa. Fazia muita falta um bom serviço de transporte e uma Biblioteca para pesquisas. Por outro lado, as relações com os colegas eram ótimas! Era um ambiente muito gostoso. De vez em quando, nos encontrávamos fora da Procuradoria para almoços, jantares e comemorações na casa de colegas. Era muito bom!

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Memória: 70 anos é tempo de…

Conhecer nossa história: Edifício Acaiaca marca o início da atuação do MPT como Órgão Agente

A história do MPT no Edifício Acaiaca, de 1992 até 1995, foi marcada por importantes avanços: mais espaço físico, mais membros, mais servidores e início do funcionamento das coordenadorias temáticas.

O número de membros passou de 11 para 17. Em dezembro de 1993, tomaram posse oito procuradores aprovados no III Concurso de Procurador do Trabalho. O quadro de 26 servidores ganhou reforço de 17 empossados, que foram aprovados no I Concurso do Ministério Público da União. O concurso foi realizado em 1993 e a posse teve início em 1994.

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Memória: 70 anos é tempo de…

Resgatar memórias: Rodolfo Tavares Cabral

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A Procuradoria já pertenceu ao Ministério do Trabalho, que era a mesma coisa da Delegacia Regional do Trabalho, que continua lá até hoje, na Tamóios. Depois, em um projeto do Rio ou de Brasília, nós passamos a pertencer ao Ministério da Justiça, melhorou um pouco financeiramente. Bem depois, nós fomos equiparados à Procuradoria da República. Foi a glória!

Eu entrei em 1949, com 18 anos e saí aposentado aos 60. Depois fiquei de 84 a 93 no cargo de secretário regional, pelo regime da CLT. Naquela época, a Procuradoria ocupava duas salinhas do TRT, na rua Tupinambás, onde hoje é loja Americana, em frente ao Café Palhares. Em 1949 as máquinas eram peças de museu. O material também era muito precário. Não tinha verba. Mesmo mais tarde, para mandar o servente buscar um processo, eu tinha que dar dinheiro do meu bolso para a condução. O mesmo valia para despesas com xerox.

Logo que entrei fui nomeado mensageiro para levar processos na Delegacia Fiscal do Tesouro, hoje é Receita Federal e nas casas dos dois únicos procuradores. Naquela época eram dois ou três processos. No meu primeiro dia já comecei a datilografar pareceres. E acabei acumulando as duas funções. Fiz concurso e passei a ser auxiliar de portaria, depois auxiliar de Procuradoria. Fiz mais concursos e me tornei oficial de Procuradoria, depois substituto de secretário regional e depois secretário regional. Aí, eu não saí mais! Fiquei toda a vida, até 93, na gestão do procurador Antônio Carlos Penzin.

Gastei a perna de tanto andar levando processos, pois naquela época não havia carro e motorista. Gastou a cabeça do fêmur, onde hoje tenho uma prótese. Mas em todos os casos, 78 anos de uso, está bom, né? Joguei futebol, nadei, dirigi a vida toda. Sou americano e sou incansável!Trabalhei demais e procurei ajudar todo mundo, desde procurador até funcionário. Então, eu sou feliz!Em 1966, a procuradoria saiu da Tupinanbás para uma sala, que ocupava a metade do 10º andar do Edifício Minas Gerais. O procurador chefe à época Custódio Alberto Lustosa é que conseguiu a verba junto com a Carmem Margarida Gomes Carneiro, que era a secretária regional. Ficamos lá por 26 anos. Em setembro de 1992, na gestão do procurador chefe Antônio Carlos Penzin, mudamos para o 7º andar do edifício Acaiaca.

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Memória: 70 anos é tempo de…

Reencontrar pessoas: por onde anda Florinda Nicolau?

Florinda1
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"Sinto saudades dos muitos e bons amigos que fiz no MPT e do trabalho também", diz a servidora aposentada Florinda Nicolau. Ela iniciou sua carreira no MPT em 1991, vinda do antigo IBC (Instituto Brasileiro do Café). Nos 16 anos que ficou na Casa, Florinda trabalhou a maioria do tempo na Divisão Processual, onde fazia de tudo um pouco: abertura, autuação, atendimento ao público por telefone e pessoalmente.

Florinda conta que só deixou o MPT, em julho de 2007, por causa da aposentadoria compulsória. "Não fosse isso, ainda estaria trabalhando com imenso prazer". Ela destaca que tem muito orgulho do trabalho que realizou, e que as amizades que fez com os colegas servidores e procuradores são um bonito legado dessa história.

Hoje, ela ocupa seu tempo cuidando de seus três gatinhos e do jardim da casa. Também gosta de ler muitos livros e assistir a filmes. Ela enfatiza que é a cozinheira da casa e convida os colegas para almoçarem com ela quando quiserem. "É só ligar antes para avisar quantas pessoas são. Vou adorar recebê-los na minha casa", declara animada. Florinda se despede de todos fazendo questão de deixar um recado para os novatos: "Toda essa felicidade que sinto ao falar do trabalho que realizei no MPT é porque ele foi feito com muito amor. Eu nunca reclamei de nada no serviço. Temos que trabalhar com amor a vida toda!".

A aposentada fala com entusiasmo o nome de alguns colegas, em especial da falecida procuradora Maria de Lourdes Queiroz, quando se emociona: "tenho muita saudade!". A morte dela marcou muito a vida da servidora. Florinda ainda mantém contato com alguns por telefone ou então quando vem à sede da Regional para alguma comemoração, almoços ou compromissos. "Graças a Deus, saí sem deixar inimigos. As amizades que fiz ainda permanecem em minha vida", reforça.

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