Contribuição assistencial não é obrigatória para não sindicalizados

Cerca de 3 mil trabalhadores do ramo de comércio de derivados de petróleo serão beneficiados com a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público do Trabalho no final de 2009.

O documento assegura que os empregados não sindicalizados tenham assegurado e facilitado o livre exercício do direito de oposição à cobrança de taxas ou contribuições assitenciais, instituídas em convenções ou acordos coletivos de trabalho.

Entre as medidas a serem adotadas pelos investigados estão a publicação da convenção que institua a taxa, em jornal de grande circulação na sua base, no prázo máximo de 10 dias de sua celebração. A manifestação escrita de oposição do trabalhador deverá ser recebida inclusive pelas empresas que terão a obrigação de repassar aos sindicatos.

Cobrar contribuições sindicais de empregados não sindicalizados, sem assegurar o devido direito de oposição, fere o direito de livre associação e sindicalização, assegurados pela constituição brasileira. "Com a intervenção do MPT poucas ações movidas pelos trabalhadores serão ajuizadas na Justiça do Trabalho", explica a procuradora responsável pelo caso, Ana Cláudia Nascimento

O TAC foi assinado pelo Sindicato dos trabalhadores no Comércio de Minério e Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Sitramico) e o Sindicato do Comércio Varejista Transportador e Revendedor de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sirtgás/MG).

O descumprimento acarretará em multa de R$10 mil reais por cada cláusula não respeitada.

Imprimir

11 mil funcionários da Ricardo Eletro beneficiados por TAC

Uma das maiores redes varejistas do país, a Ricardo Eletro, firmou Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Trabalho em Minas (MPT-MG). O acordo refere-se, principalmente, a irregularidades na jornada de trabalho dos empregados. A partir de agora, a rede deverá instalar um sistema de marcação de ponto eletrônico nos moldes da Portaria nº 1.510 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em todos os cerca de 300 estabelecimentos espalhados pelo Brasil, até 15 de março de 2010. Passado o prazo estabelecido, as lojas serão inspecionadas pelo MPT e pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para averiguar o cumprimento do Termo. Caso fique comprovado o descumprimento do acordo, a Ricardo Eletro pagará multa entre R$5 e R$100mil reais por estabelecimento.

O acordo proposto pela procuradora do Trabalho Ana Cláudia Nascimento aborda outras questões relativas à jornada de trabalho e ao pagamento do salário: a empresa não poderá exigir de seus empregados jornada superior a oito horas diárias e 44 semanais; deverá conceder repouso semanal remunerado de, no mínimo, 24 horas consecutivas; observar o intervalo mínimo de uma hora para repouso e/ou alimentação para os empregados com jornada acima de seis horas diárias; pagar o salário e a remuneração até o quinto dia útil do mês subseqüente; pagar as verbas rescisórias dos empregados dispensados até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato.

Imprimir

Construção civil é alvo do MPT em todo o Brasil

O Ministério Público do Trabalho (MPT) iniciou na segunda-feira (16) operações para averiguar possíveis irregularidades no meio ambiente de trabalho do ramo da construção civil. As investigações fazem parte das atividades do Programa Nacional de Combate às Irregularidades Trabalhistas na Indústria da Construção Civil, e seguem até o dia 20 de novembro, em todos os estados brasileiros. Em Belo Horizonte, quatro procuradores estão se revezando em inspeções nas obras: Adriana Souza, Luciana Coutinho, AurélioVieito e Ana Cláudia Gomes.

No primeiro dia, 16, durante fiscalização feita pela procuradora Adriana Souza e o auditor do Ministério do Trabalho Leandro Ramalho, foi interditado o andaime de uma obra por falta de segurança: "Essa foi a irregularidade mais grave que encontramos. O andaime não apresentava proteção adequada, como tela, guarda-corpo e rodapé". A empresa tem até quarta-feira, 18, para regularizar o andaime.

No canteiro da obra da Construtura Excelso Ltda, no Condomínio do Residencial Teodomiro Vitor, bairro São Pedro havia 50 trabalhadores, sendo 27 empregados da tomadora, 22 de empreiteiras e 1 estagiário, todos tinham registro em carteira. Os empregados de empresas terceirizadas faziam atividades de fundação, forma, armação, instalações hidráulicas e elétricas e serviços gerais. Também foi identificado risco de queda em vãos de andares, por falta de proteção e sinalização, bem como gambiarras em fiação elétrica. Também foram apuradas irregularidades de menor gravidade relativas às condições do vestuário e instalações sanitárioas e refeitório.

Na manhã dessa terça-feira, 17, outra obra foi fiscalizada pela procuradora Luciana Coutinho e o auditor fiscal Leandro Ramalho.

Balanço nacional do primeiro dia das operações do Programa Nacional de Combate às Irregularidades Trabalhistas na Indústria da Construção Civil

Maranhão:

• 11 obras foram inspecionadas nas operações
• 1222 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: Falta de fornecimento de EPI´s; Guarda-corpos insuficientes; Ausência de proteção contra queda; Escavações sem atendimentos às exigências de segurança; Ausência de isolamento de maquinário
• Ações principais:04 prédios embargados; 1 auto de infração e 1 termo de embargo

Rio de Janeiro

• 9 obras foram inspecionadas nas operações
• 1871 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: o Andaime sem proteção coletiva; Fios elétricos espalhados pelo chão; Falta de EPI; Falta de abafadores de ruído; o Falta de treinamento da NR-10; o Ausência do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT); Jornada excessiva; Depósito de inflamáveis irregular e sendo utilizado como armário
• Ações principais: Atividades da obra suspensas até que a empresa instale proteção coletiva nos andaimes

Pernambuco

• 10 obras foram inspecionadas nas operações
• 154 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: Andaimes sem projeto e ART junto ao CREA; Falta de EPI; Riscos de queda em altura; Risco de choques elétricos
• Ações principais: 4 obras totalmente embargadas; Interdições parciais e equipamentos e andaimes

Paraná

• 1 obra foi inspecionada
• 90 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: trabalhadores sem cinto de segurança.
• Ações principais: medidas de proteção contra queda de altura; proteção da escada da grua e aterramento da mesma; proteção para prevenir soterramento.

Distrito Federal

• 3 obras (5 canteiros) foram inspecionados
• 792 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: aberturas de pisos nas lajes de diversos pavimentos sem o fechamento provisório com material resistente; ausência ou inadequação de proteções coletivas.

Espírito Santo

• 8 obras foram inspecionados
• 762 trabalhadores foram diretamente beneficiados com as operações
• Principais irregularidades: Falta de proteção de queda em altura; Falta de plataforma principal e secundária;Falta de guarda-corpo nos locais periféricos da obra; Maquinário sem aterramento; não uso de EPI;
• Ações principais: 4 obras totalmente embargadas; 2 obras parcialmente embargadas e 5 obras com interdição de equipamentos ou elevadores

Imprimir

Acordo proposto pelo MPT é aceito pela Gasmig

Teve solução nesta segunda-feira, 16, o impasse envolvendo a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) e os trabalhadores que construíam um gasoduto entre os municípios de Ouro Branco e Ouro Preto. Durante a reunião realizada ontem, na Gasmig, com a presença do procurador do Trabalho Antonio Carlos Pereira, a estatal aceitou a proposta de pagar as verbas rescisórias, os salários atrasados, aviso prévio, 13º salário, férias, multa do FGTS e envidar esforços para reaproveitar os ex-funcionários da DM Construtora, empresa que contratou os trabalhadores. O município de Ouro Branco irá fornecer cesta básica aos trabalhadores até o pagamento dos valores em atraso, assim como preparar e servir alimentação àqueles que não residem na cidade.

Continue Lendo

Imprimir

Atuação do MPT garante proteção à saúde dos trabalhadores

Uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Trabalho contra a siderúrgica Noroeste, produtora de ferro gusa em Sete Lagoas, foi concluída com benefícios reais aos atuais 150 trabalhadores da empresa, além de futuros empregados. A Siderúrgica foi acionada judicialmente em 2001, depois de constatadas irregularidades no meio ambiente de trabalho, como temperatura inadequada, altos níveis de exposição à poeira de sílica e excesso de ruídos. "Este é um exemplo de que a atuação do MPT pode significar alteração efetiva na conduta das empresas", avalia a procuradora que atuou na fase de execução da sentença Sônia Toledo Gonçalves.

Continue Lendo

Imprimir