PTM Patos de Minas: 517 TACs assinados em sete anos

sexta-feira, 13 setembro 2013,11:48

Vítor, Juliano, Joana Darc, Débora e Camilla Leles

Desde a sua inauguração, em 14 de setembro de 2006, a Procuradoria do Trabalho em Patos de Minas já firmou 517 termos de ajustamento de conduta (TACs), uma média de 73 por ano. O trabalho conjunto dos procuradores do Trabalho Rodney Souza, atual coordenador da PTM, e Juliano Ferreira e o suporte do restante da equipe resulta ainda em 623 inquéritos civis instaurados e 102 ações judiciais ajuizadas, das quais 52 são ações civis públicas (ACPS), ao longo dos sete anos. Só no primeiro semestre de 2013, 53 procedimentos foram solucionados pela via extrajudicial. “Localizada em uma região carente da atuação do estado, como demonstram as graves violações de direitos humanos avidamente combatidas, a PTM teve um efetivo papel na reparação e na inibição dessas irregularidades, ao longo de todos esses anos”, destacou o procurador Rodney Souza.

A PTM em Patos de Minas atua em 47 municípios do Alto Paranaíba e da Mesoregião do Triângulo Mineiro, abrangendo uma população de 1,2 milhão de habitantes. Os temas gerais, relativos à intervalos inter e intrajornada, falta de registro em carteira, entre outros são os que têm mais incidência de casos investigados pelo MPT.

A região concentra grande parte da produção de cana-de-açúcar e seus derivados (açúcar e álcool) do estado, além de ter a pecuária e o processamento de grãos como fortes fatores econômicos. Casos relacionados ao meio ambiente de trabalho e ao labor da criança e do adolescente também demandam uma atenção especial da PTM, por serem muito recorrentes. No total, a Procuradoria já abriu mais de 1300 procedimentos investigatórios, dos quais 43 ACPs seguem em acompanhamento.

A PTM em Patos de Minas registra, atualmente, cerca de 499 procedimentos em andamento, sendo:

186 inquéritos civis
01 notícia de fato
01 procedimento preparatório
04 procedimentos promocionais
04 cartas precatórias
63 procedimento de acompanhamento judicial
240 TACs em acompanhamento

Ao longo destes sete anos, foram instaurados 1342 procedimentos investigatórios e 82 procedimentos de acompanhamento judicial, dos quais:

773 Temas Gerais
527 Meio Ambiente
130 Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente
115 Fraudes Trabalhistas
111 Igualdade de Oportunidades e Discriminação
87 Liberdade Organização Sindical
71 Trabalho Escravo
21 Trabalho na Administração Pública

Integram a PTM em Patos de Minas:

02 procuradores do Trabalho: Rodney Souza e Juliano Ferreira
04 servidores: Rosângela Silva, Marcone Alves, Débora Motta e Cíntia Mateus
02 estagiárias:Camila Leles e Camila Lima
01 mensageira: Joana Darc Rodrigues

01 profissional da limpeza: Luciana Elias
04 vigilantes: Vitor Martins, Guilherme Oliveira, Valéria Freitas e Janaína Souza

Confíra a íntegra dos depoimentos:

Por Rodney Souza, procurador
“É digno de nota a elevação das condições sociais dos trabalhadores, proporcionada pela atuação da Procuradoria do Trabalho em Patos de Minas, desde a sua instalação.

Localizada em uma região carente da atuação do estado, como demonstram as graves violações de direitos humanos avidamente combatidas, a PTM teve um efetivo papel na reparação e na inibição dessas irregularidades, ao longo de todos esses anos.

É com satisfação que os procuradores desenvolvem o seu trabalho, sabedores de que o crepúsculo de cada batalha travada apenas anuncia o amanhecer de outra luta pela garantia dos direitos sociais. Enquanto houver injustiça, haverá também um membro do MPT para advogar em defesa da sociedade.

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Marcone, Janaina e Rosângela.

Contamos com o apoio precioso dos servidores, estagiários e vigilantes nessa tarefa, sem os quais a missão se tornaria impossível. A eles, os meus sinceros agradecimentos.”

Por Rosângela Silva, servidora
Me lembro como se fosse ontem, quando da inauguração da PTM, em 2006. Éramos duas servidoras requisitadas de outro órgão, eu da Prefeitura e a Lásara do estado, tinham também dois vigilantes: o Guilherme que está até hoje e o Elias que já saiu. Não sabíamos nem o que era o MPT, o que faríamos, só estávamos ansiosos para iniciar nossas atividades para podermos entender um pouco do assunto. Fizemos um curso de uma semana na sede, por sinal muito corrido para absorvermos tantas informações até então novas, pois não tínhamos conhecimento nenhum. A partir daí começamos a organizar a casa, mas na realidade as atividades só começaram em outubro mais ou menos, pois foi quando veio a primeira procuradora, Luciene. Foi quando começamos a entender qual a função do Órgão, e começamos a levar ao conhecimento de todos a sua finalidade. Desta época até hoje o MPT foi apresentado a várias localidades que não sabiam da sua existência, a vários trabalhadores que não sabiam de seus direitos e nem a onde recorrer. É muito gratificante fazer parte dessa família, e ter presenciado o seu nascimento e seu crescimento na região.

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Camila, Luciana e Valéria

 

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Araxá vai receber posto da PRF

quinta-feira, 21 fevereiro 2013,12:00

Obra é custeada com parte de multa devida por descumprimento de TAC

Patos de Minas – Até o segundo semestre  deste ano,  a cidade de Araxá contará com novo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A construção de uma unidade exclusiva para as atividades operacionais da PRF no município é financiada pela rede de lojas Eletrozema, a título de multa  por descumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

De acordo com o procurador responsável pelo caso,  Paulo Veloso,  a empresa concordou em reverter a multa de R$900 mil a cinco instituições públicas e beneficentes da região de Patos de Minas.

Multa vai beneficiar
cinco instituições
públicas e beneficientes
da região de Patos de Minas.

Parte da verba já foi usada para equipar a Associação Vem Ser de Patos de Minas com instrumentos musicais e a Gerência Regional do Trabalho e Emprego da cidade com o veículo Pajero Dakar, zero km, que auxiliará na fiscalização das condições de trabalho na região . A Polícia Militar de Unaí recebeu R$50 mil para aquisição de bens necessários ao desempenho das atividades institucionais.  Os investimentos já chegam ao montante de R$ 186 mil.

“O restante da multa será revertido para o Núcleo de Operações Especiais da PRF, Associação Júlio Dário, de Araxá,  Polícia Militar de Patos de Minas e para a confecção de 50 mil cartilhas sobre direitos trabalhistas”,  afirma Paulo.

O pagamento da multa não isenta a rede de lojas de cumprir, integralmente, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que previa a adequação da jornada dos trabalhadores.

Número do procedimento: 26.2009.03.004/1

Foto: Portal CW

 

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Sindicato não pode aceitar contribuição patronal

sexta-feira, 1 fevereiro 2013,10:23

Patos de Minas – Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)  assinado pelo  Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Patos de Minas (Sintropatos) proíbe  que empresas da região efetuem contribuições  em favor do sindicato.

De acordo com o procurador responsável pelo caso, Paulo Veloso,  acordo e convenção coletiva da categoria continham cláusulas que previam o financiamento patronal da entidade.  “Trata-se de prática anti-sindical e que deve ser coibida, sob pena de restar desprezada a liberdade de autonomia sindical, princípios imprescindíveis para a atuação independente do sindicato”, argumentou o procurador.

O acordo proposto pelo Ministério Público do Trabalho estabelece que o Sintropatos não aceite ou receba valores, contribuições ou doações feitas pelo empregador, a qualquer título. Cláusula prevendo pagamento de valores pelo empregador para a manutenção financeira do sindicato dos trabalhadores não poderá constar em futuros acordos, convenções coletivas ou em  qualquer outro instrumento.

Em caso de descumprimento das obrigações, o sindicato deverá pagar multa de R$3 mil por cada cláusula descumprida e por cada valor recebido em violação ao estipulado no TAC.

Artigo 2º da Convenção 98 da OIT: Considera como ato de ingerência do sindicato dos empregados a manutenção financeira da organização dos trabalhadores pela empresa empregadora.

Número do procedimento: 000351.2012.03.004/7

 

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Aulas de música ajudam na reintegração de adolescentes infratores

quarta-feira, 5 setembro 2012,12:29

Patos de Minas – Duas vezes por semana, cerca de 25 jovens infratores da região de Patos de Minas têm o mesmo destino:  o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), unidade do bairro Lagoa Grande. O compromisso assumido pelos adolescentes é uma oportunidade dupla: aprender música e cumprir a medida sócio-educativa exigida pela Justiça.

As aulas oferecidas no Creas fazem parte do projeto Cantadores da Paz, lançado no dia 23 de agosto,  graças a uma parceria entre a Procuradoria do Trabalho em Patos de Minas (PTM) e a prefeitura local. Todos os instrumentos musicais, aparelhos de som,  computador  e impressora foram adquiridos com verba de indenização por dano moral coletivo aplicada pela  PTM. ” Espero que o projeto seja capaz de retirar esses jovens do universo das drogas e reintegrá-los à sociedade”, explica o procurador do Trabalho e idealizador do projeto, Paulo Veloso.

“Acorda Maria puxe a corda de seu filho
Não deixe que ele cresça com o dedo no gatilho
Não deixe que um traficante adote o seu filho
Acorda pra vida acorda Maria.” Trecho do rap
apresentado pelos jovens durante o lançamento do projeto.
Clique aqui para ler a íntegra da música.

De acordo com a coordenadora do Creas, Marcilúcia da Silva, quatro tipos de instrumentos já estão disponíveis para aprendizado:  violão, flauta, bateria e pandeiro.

As aulas são ministradas por professores do conservatório municipal em imóvel cedido pela prefeitura. “A prefeitura recebeu de braços abertos a ideia do procurador Paulo Veloso. Não é todo dia que conseguimos parceiros, principalmente, para esse tipo de público”, comemora a secretária de Desenvolvimento Social, Neide Miquelante.

Origem da verba revertida para o projeto – Em abril deste ano, a PTM recebeu denúncia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais (Siticop) informando condições irregulares de trabalho dispensadas aos operários da Pavia que laboravam na pavimentação da BR 365. O canteiro de obras da empresa não possuía refeitório, sanitários, lavatórios e mictórios; a sinalização  das obras na rodovia era precária. Os operadores do chamado Pare/Siga não possuíam abrigo contra intempéries e não cumpriam intervalo para refeições e repouso. Durante fiscalização, o procurador flagrou trabalhadores sendo transportados em um veículo com as portas abertas e em cima da carroceria de caminhão.

A empresa assinou Termo de Ajustamento de Conduta para assegurar a adequação das irregularidades e concordou em pagar multa de R$10 mil reais por dano moral coletivo em razão da quantidade e da gravidade das infrações cometidas.

Número do procedimento: 145.2012.03.0004-9

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TAC garante medidas de saúde e segurança

terça-feira, 8 maio 2012,12:21

 

 

Patos de Minas – Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado perante o Ministério Público do Trabalho (MPT) vai propiciar melhores condições de saúde e segurança aos cerca de 50 trabalhadores da Partecal Partenzi Calcários Ltda. O acordo contém 11 obrigações de fazer e não fazer que também devem ser seguidas nas outras unidades da empresa, em Rio Claro e Guairá, no interior paulista.

De acordo com o procurador responsável pelo caso, Paulo Veloso, a equipe de fiscalização da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Patos de Minas detectou graves irregularidades na unidade da empresa em Vazante, noroeste de Minas. ” As vias de circulação da mina estavam sem sinalização, havia máquinas em condições inadequadas de funcionamento; excesso de poeira no meio ambiente; empregados sem qualificação para exercer a função e irregularidades do maciço de rocha”.

Além de ter que cumprir integralmente a Norma Regulamentadora nº 22 do Ministério do Trabalho e Emprego e fornecer, gratuitamente, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o TAC prevê melhorias na alimentação, higiene e contrato de trabalho. A produtora de pó de calcário deverá conceder intervalo para repouso e alimentação de, no mínimo, 1 hora e, no máximo, 2 horas, em qualquer trabalho contínuo cuja duração exceda  seis horas diárias; assegurar aos trabalhadores condições suficientes de conforto para as refeições e efetuar o pagamento do adicional de periculosidade para todos os empregados envolvidos no manuseio de explosivos.

Como forma de reparar as lesões causadas à sociedade, o acordo estabelece indenização de R$10 mil. O valor será revertido em bens para entidade(s) sem fins lucrativos ou para projetos de capacitação e de geração de emprego e renda.

Em caso de descumprimento das obrigações, a empresa estará sujeita à multa de R$ 700,00 por cada trabalhador encontrado em situação irregular. Na impossibilidade de definição da quantidade de trabalhadores prejudicados, a multa corresponderá a R$ 10 mil por cada situação de descumprimento. A destinação da multa, se aplicada, será definida pelo MPT.

Número do processo: 000206.2011.03.004/1

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