MPT promove operação para reduzir índice de trabalho infantil no Sul de Minas

Varginha - Reportagem exibida na EPTV, filial da emissora Globo no sul de Minas, destaca operação feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) no município de Camanducaia para impedir as recorrentes práticas de trabalho infantil, constatadas sobretudo no distrito turístico de Monte Verde. Uma das ações imediatas foi o TAC firmado com a prefeitura de Camanducaia.

De acordo com o Censo de 2010 e com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2011 a 2013, cerca de 25% dos adolescentes na faixa entre 14 e 15 anos já trabalham no município de Camanducaia. Grande parte deles trabalham em Monte Verde oferecendo o aluguel de cavalos para turistas ou produtos para lojas de degustação, como mostra a reportagem.

Algumas ações, como a realização de parcerias para a inclusão dos adolescentes em programas de aprendizado em empresas e também palestras sobre a questão do trabalho infantil estão marcadas para ocorrerem já no mês que vem. "Uma reunião com o Senac e com as associações comerciais e de hotéis e pousadas de Monte Verde será realizada no dia 11 de dezembro. Neste primeiro momento, as ações serão voltadas para Monte Verde, mas isso não impede que, em outras ocasiões, as ações sejam voltadas para propriamente Camanducaia e para a criação de outras turmas de aprendizagem em Monte Verde", comenta o procurador do Trabalho Paulo Crestana, na matéria da EPTV.

A primeira palestra, voltada aos servidores públicos de Camanducaia, será ministrada no dia 12 de dezembro no Centro Cultural Odair Paiva Sá, em Camanducaia, às 9h, para conhecimento de todos a respeito da proibição do trabalho infantil e as limitações do trabalho do adolescente. No próximo ano, o MPT deverá implantar um projeto para a capacitação dos educadores, para levar às escolas o tema dos direitos das crianças e dos adolescentes.

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PTM Varginha suspende atividades

A PTM Varginha vai ter as atividades suspensas no período de 15 a 19 de dezembro. O motivo da paralisação é a realização de obras no piso do imóvel que abriga a PTM.

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Van adaptada para PCDs é doada em acordo feito pelo MPT

Varginha - O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Varginha (Codeva) recebeu uma van adaptada para pessoas com deficiência, com recursos oriundos de multa aplicada pelo Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG) à Cooper – Standard Automotive Brasil Sealing Ltda. Esta é a segunda van doada através de acordo feito pelo MPT-MG ao Conselho. A primeira foi doada em 2006 e, para atender o aumento da demanda, o MPT-MG destinou recursos para a aquisição do segundo veículo.

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Trabalho extra deve ser exceção e não regra

Rede de supermercados é condenada por exigir jornada superior a 10 horas habitualmente

Varginha – Uma sentença em ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Varginha, condena a rede de Supermercado Alvorada a pagar indenização por dano moral coletivo no valor de R$250 mil, por exigir sistematicamente de seus empregados o cumprimento de jornada superior a 10 horas. A decisão vai beneficiar diretamente cerca de 250 empregados que a empresa mantém em quatro lojas nas cidades de Varginha, Alfenas e Machado.

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Rede de supermercados é condenada a pagar indenização de R$250 mil por dano moral coletivo

Varginha – Uma sentença em ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Varginha, condena a rede de Supermercado Alvorada a pagar indenização por dano moral coletivo no valor de R$250 mil, por exigir sistematicamente de seus empregados o cumprimento de jornada superior a 10 horas. A decisão vai beneficiar diretamente cerca de 250 empregados que a empresa mantém em quatro lojas nas cidades de Varginha, Alfenas e Machado.

Durante a investigação a empresa foi flagrada diversas vezes exigindo horas extras superiores à duas horas, com comprometimento dos intervalos intra e interjornada. De acordo com a procuradora do Trabalho que investigou o caso, Letícia Moura Soares, "o empregador não pode transformar em regra o que a lei estabelece como sendo a exceção. A jornada diária autorizada por lei é de 8 horas. Qualquer trabalho superior a isso não pode ser cobrado rotineiramente, sob pena de comprometer outros direitos do trabalhador como saúde, descanso, lazer".

A tese da ACP foi reforçada pelo juiz da 1ª Vara do Trabalho de Varginha, Fabrício Lima Silva que deferiu todos os pedidos, inclusive a indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 250 mil, enfatizando que "a conduta patronal neste caso tem o condão de gerar a indesejável sensação coletiva de impunidade, afetando a credibilidade e a confiança nas instituições e reforçando a infeliz crença na prevalência do poder econômico em relação aos direitos trabalhistas, tudo em prejuízo á ordem jurídica e social".

A decisão judicial vale para quatro lojas (duas em Varginha, uma em Machado e outra em Alfenas) e determina que o supermercado implemente jornada de trabalho não superior a oito horas diárias e que as prorrogações sejam a exceção e não a regra, sempre com justificativa. A empresa também deve assegurar o intervalo de 11 horas entre duas jornadas e o intervalo de uma hora intrajornada. A convocação para trabalho em feriados deverá ser condicionada à autorização prévia do Ministério do Trabalho.

A empresa ainda pode recorrer da decisão, mas a liminar deferida no caso a obriga a cumprir as obrigações antes do julgamento final do caso, sob pena de ser multada em caso de descumprimento.

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