Ação do MPT busca mais segurança no transporte coletivo
Mais de 70 concessionárias de serviço público de transporte da região metropolitana de Belo Horizonte, o sindicato patronal (Sintram), a BH Trans o DER e a Secretaria de Obras Públicas de Minas Gerais são réus em ação civil pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), para assegurar melhores condições de segurança no transporte coletivo da região metropolitana de Belo Horizonte.
Uma antecipação de tutela deferida nesta semana impõe sete obrigações que devem ser cumpridas no prazo de 60 dias, pelas rés que operam as "linhas perigosas" . "São medidas cujo cumprimento é imprescindível para a categoria e não podem esperar o trânsito em julgado da ação", explica a procuradora do Trabalho Elaine Nassif.
O número de trabalhadores vitimados atinge 48% da categoria, aponta um estudo de campo feito pela Faculdade de Medicina da UFMG, que fundamenta a ação. Uma análise detalhada de boletins de ocorrência informa que nos oito meses analisados, foram 61 ocorrências de atos violentos, sendo 40 deles assaltos e 21 outros tipos de agressão física envolvendo lesões, pedradas e incêndios. "As consequências todos sabemos, enfatiza Elaine Nassif: "homicídios e lesões corporais, além de doenças psicossociais como transtorno do stress".