Audiência Pública atraiu inclusive sindicatos de outros estados

segunda-feira, 28 novembro 2011,12:59

Cerca de 80 pessoas compareceram à audiência pública convocada pelo Ministério Público do Trabalho MPT, na última sexta feira, 25, para conhecer a realidade dos trabalhadores avulsos no estado de Minas Gerais.

Vista pela categoria profissional como uma possibilidade de sanar de modo abrangente as dificuldades enfrentadas no Brasil inteiro, o convite para a audiência avançou as fronteiras de Minas e atraiu inclusive presença de sindicados de outros estados e até de federações.

Na avaliação da procuradora do Trabalho e representante nacional da Conafrete, Elaine Nassif, a Conafrete acertou ao escolher este projeto como o prioritário. “Isso ficou claro pelo interesse dos envolvidos, que vieram espontaneamente para pedir a atuação do MPT e dos órgãos parceiros na implementação da lei”.

Como resultado, Elaine Nassif destaca a aproximação entre entidades parceiras e a coleta de informações úties para a condução de um projeto nacional de combate às irregularidades no setor, em especial a informalidade, fazendo cumprir a Lei 12.023/2009.

Entre as informações apuradas está a existência do Projeto de Lei nº 174/2011, de autoria do deputado Padre João que propõe a regularização da administração das Ceasas em todo Brasil e deverá ser acompanhado pela Conafret a partir de agora.

A Federação de Trabalhadores de São Paulo informou que antes mesmo da implementação da Lei 12.023/2009, foi feito no estado um acordo com 176 sindicatos patronais, que beneficia 2,2 milhões de trabalhadores do país. Desse total, 1,8 milhão não possuem carteira de trabalho assinada.

“Soubemos também da existência de associações nacionais, o que facilita o andamento projeto. Juntas, estas informações vão facilitar a execução do projeto Carga Pesada, de eventuais projetos de lei e de acordos coletivos da categoria”, ressalta Elaine Nassif.

A superintendente regional substituta do INSS em Minas, Virgínia Bueno, ofereceu o apoio do projeto educacional do INSS que informa aos trabalhadores as vantagens de ser formalizado e ter um futuro melhor, assegurado pela previdência social.

A audiência foi presidida pela procuradora do Trabalho Elaine Nassif e o Coordenador Nacional da Conafret José de Lima Ramos Pereira. Estiveram presentes o procurador-chefe do MPT em Minas, Helder Amorim e sua substituta, procuradora Fernanda Brito; a Superintendente Regional Sudeste do INSS (substituta), Virgínia Maria Bueno Silva; o Gerente Nacional do Projeto Carga Pesada, procurador do Trabalho Alberto Emiliano de Oliveira Neto, representantes da SRTE e os procuradores do Trabalho Silvia Rossi, Hudson Guimarães, Andréa Bastos e Luciana Coutinho.

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Confecção não poderá contratar menores

sexta-feira, 25 novembro 2011,12:58

Foto ilustrativa

No último dia 3, a empresa KS Confecções de Roupa assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em Divinópolis. A confecção se comprometou a abster-se de contratar menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz.

Dentre as determinações do Termo está a não contratação de menores entre 16 e 18 anos em atividades insalubres, perigosas ou penosas, bem como em  trabalhos noturnos. A empresa deverá ainda se comprometer a utilizar apenas a mão-de-obra de trabalhadores devidamente registrados.

O descumprimento do TAC acarretará em multa no valor de R$2.000,00 por obrigação não cumprida. O valor, em caso de incidência, será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).  O Termo é válido para todos os estabelecimentos e empreendimentos da KS Confecções de Roupa Ltda.

Foto: Site FIERP

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Siderúrgica é condenada a pagar R$300 mil por dano moral coletivo

quinta-feira, 17 novembro 2011,12:59

Empresa é condenada por não respeitar a cota legal de contratação de PCDs e reabilitados

Imagem ilustrativa

A companhia Siderúrgica Pitangui foi alvo de ação civil pública (ACP) do Ministério Público do Trabalho por não cumprir a cota prevista na lei 8.213/91, que obriga empresas com mais de 100 empregados a reservar vagas para pessoas com deficiência ou reabilitadas.

Em 2007 o MPT recebeu um relatório de fiscalização elaborado pela Delegacia Regional do Trabalho – DRT/MG denunciando a irregularidade. O relatório apontava que  a Siderúrgica admitiu 24 empregados, no período investigado,  tendo destinado apenas duas vagas para pessoas com deficiência.

Com cerca de 400 empregados, a Siderúrgica precisava destinar 3% de suas vagas para a cota de inclusão, o equivalente a 12 vagas, à época da investigação. “Em julho de 2010, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG) encaminhou ao MPT novo relatório denunciando que as irregularidades cometidas pela empresa se mantinham, o que motivou o ajuizamento da ação, explica a procuradora do Trabalho que ajuizou a ação, Elaine Nassif.

A Siderurgica foi condenada a manter o percentual de empregados previsto na lei 8.213/91 e a observar o artigo que estabelece que a dispensa de empregado integrante da cota somente poderá ocorrer com a contratação de substituto nas mesmas condições. Além de cumprir a obrigação de fazer, a foi condenada a pagar uma indenização por dano moral no valor de R$ 300 mil. Caso não haja o cumprimento do determinado a empresa pagará multa no valor de dois mil reais por irregularidade constatada. O MPT ainda determinou a condenação da empresa ao pagamento de multa por dano moral coletivo no valor de R$ 300 mil reais devido à permanência do ato ilícito.

Nos anos de 2009 e 2010 a Siderúrgica não se manifestou sobre as propostas de assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) feitas pelo o MPT.

Nº PA: 001004.2011.03.000/7

Foto: Site ADM-Inox

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Saúde e segurança é tema de 54% das investigações em Divinópolis

quarta-feira, 16 novembro 2011,12:58

Das 604 investigações em andamento naquela unidade Ministério Público do Trabalho, 329 buscam adequar o meio ambiente de trabalho

Setor de fundição tem o maior número de procedimentos instaurados em Divinópolis com o tema "meio ambiente do trabalho".

Divinópolis – Falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); atividades insalubres e condições precárias de higiene e conforto nos locais de trabalho. Essas são algumas das irregularidades mais presentes nas investigações conduzidas pela Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) de Divinópolis.

Veja os números:
– 329 procedimentos abertos
– 164 investigações em andamento
– 132 TACs firmados
– 015 ACPs ajuizadas
– 018 execuções de TAC

Responsável por atender a mais de 1,6 milhão de habitantes, de 65 municípios da região, o tema “meio ambiente do trabalho” é o mais recorrente nas investigações conduzidas pela PTM. Dos 604 procedimentos em andamento, 54,5% tratam de questões ligadas à saúde e à segurança do trabalhador. 132 procedimentos já resultaram em assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) – documento pelo qual o investigado se compromete a regularizar espontaneamente a sua conduta, evitando que o caso vá parar na Justiça. 15 Ações Civis Públicas foram ajuizadas contra empresas que se recusaram a ajustar conduta e 18 execuções (multa) de TAC estão em andamento por descumprimento do termo.

O maior número de investigações é registrado nas cinco atividades econômicas mais predominantes na região. Os setores de fundição e mineração estão na liderança, seguidos por siderurgia, confecções e indústrias de explosivos. Em alguns dos casos o PTM chegou a abrir investigações denominadas “de ofício”, ou seja, sem ter recebido nenhuma denúncia.

*Outros: Transporte (inclui transportadoras e empresas de transporte municipal e intermunicpal) – 8 / Calçados – 6 / Móveis (inclui fábricas e indústrias de móveis e comércio de madeiras) – 4 / Hospitais e Casas de Sáude – 3 / Administração Pública (município e empresas públicas) – 3 / Bancos/Cooperativa de Crédito – 2 / Sucroalcooleiro – 2 / Cerâmica – 1 / Clube de Futebol – 1 / Outros (comérico e indústria em geral e outros segmentos não relacionados acima) – 41

Segundo a procuradora Florença Dumont, para orientar as empresas e órgãos públicos quanto às recomendações atinentes ao meio ambiente de trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego baixou 34 Normas Regulamentadoras (NR). Entre elas, está a NR 06 – Equipamento de Proteção Individual -, apontada como a matéria mais recorrente nos procedimentos relacionados ao meio ambiente. “Normas regulamentares prevêem medidas de proteção coletiva e individual , essenciais à tutela da saúde e segurança do trabalhador. Consoante a dicção do art. 7°, inc. XXII da CF, o trabalhador tem direito fundamental à redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”, explica Florença.

Projetos nacionais – Cinco projetos da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat) estão em andamento no MPT: “Adequações das condições de trabalho nos frigoríficos”, que visa a redução das doenças profissionais e do trabalho nesses ambientes; “Banimento do amianto no Brasil”; “Programa Nacional de Acompanhamento de Obras na Construção Civil Pesada”, que tem como objetivo combater irregularidades no setor; “Programa Nacional de Combate as Irregularidades na Indústria da Construção Civil”, que visa a redução dos acidentes de trabalho e “Promoção do Trabalho Decente no Setor Sucroalcooleiro”, que tem como objetivo o fim das jornadas exaustivas e melhores condições de conforto.

Irregularidades mais presentes no meio ambiente de trabalho:

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MPT reverte R$35 mil para Apae de Além Paraíba

sexta-feira, 11 novembro 2011,12:59

Foto: site Apae

Juiz de Fora – A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Além Paraíba (Apae) recebeu R$35 mil, a título de doação, para reformar e ampliar suas instalações. O valor, destinado pelo Ministério Público do Trabalho, é oriundo de multa por descumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Unidade atende
cerca de 300
crianças

Fundada em 1969, a instituição reabilita cerca de 300 crianças com deficiências físicas e mentais. “A Apae foi escolhida por ser uma instituição de reconhecida idoneidade e também em decorrência dos relevantes serviços prestados à comunidade de Além Paraíba, onde está sediada a empresa que descumpriu o TAC, ressaltando-se que está precisando de recursos para ampliar suas instalações”, afirma o procurador que viabilizou a doação, Marcelo Amaral.

O procurador explica que a Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Juiz de Fora comunicou ao MPT o descumprimento de seis obrigações fixadas no TAC assinado pela Fábrica de Papéis Santa Maria. A empresa deixou de elaborar e implementar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; não forneceu Equipamentos de Proteção Individual e uniformes necessários à realização do trabalho, entre outras obrigações necessárias para garantir a segurança adequada ao meio ambiente de trabalho.

Marcelo Amaral ressalta que o pagamento da multa não isenta a empresa de cumprir as obrigações assumidas, porém, neste caso especificamente, a Fábrica de Papéis Santa Maria teve sua inscrição estadual encerrada em 2010. “Apesar da delicada situação econômico-financeira, a empresa vem depositando regularmente em Juízo as importâncias relativas à multa”.

Nº do processo no TRT: 00611-2001-052-03-00-0

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